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    Bruna Surfistinha

    Bruna Surfistinha

    Bruna Surfistinha (filme)

    Bruna Surfistinha (filme)

    Bruna Surfistinha é um filme brasileiro de 2011, dirigido por Marcus Baldini e estrelado por Deborah Secco, Cássio Gabus Mendes e Cristina Lago. É uma adaptação cinematográfica do best-seller literário O Doce Veneno Do Escorpião: o Diário de uma Garota de Programa, de Raquel Pacheco. O longa teve orçamento de R$ 4 milhões.[9]

    Enredo[editar | editar código-fonte]

    Até os 17 anos, Raquel Pacheco (Deborah Secco) era uma jovem comum da classe média paulistana que estudava num tradicional colégio da cidade. Antes de completar 18 anos, porém, ela fugiu de casa e tomou uma decisão surpreendente: se tornar garota de programa.

    Conhecida pelo codinome Bruna Surfistinha, a garota passou quatro anos recebendo em sua cama homens e mulheres de todos os tipos, satisfazendo seus desejos e fantasias em troca de dinheiro. Na medida em que se tornava conceituada no meio profissional, a jovem fazia sucesso também na internet, contando sua rotina num blog.

    Logo, Bruna Surfistinha se tornou uma celebridade e escreveu o livro O Doce Veneno do Escorpião, que vendeu mais de 300 mil cópias e deu origem ao filme assinado pelo publicitário Marcos Baldini.[10]

    Elenco[editar | editar código-fonte]

    Produção[editar | editar código-fonte]

    Em janeiro de 2006, a Folha de S.Paulo informou que Raquel Pacheco, conhecida como Bruna Surfistinha, assinou contrato com uma produtora para transformar sua vida em filme. Ela não revelou detalhes do projeto.[11]

    Em março de 2007, a Agência Nacional do Cinema aprovou a captação, por meio de leis de incentivo fiscal, de R$263 mil para desenvolver o projeto.[12][13] Em 16 de julho de 2007, o Ministério da Cultura liberou a captação de R$3,998,621,65, por meio de leis de incentivo fiscal, para a produtora carioca TV Zero rodar o filme, até então com o título O Doce Veneno do Escorpião. A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União.[14] Em seu blog, Bruna Surfistinha deixou o seguinte comentário sobre a liberação: “Fui surpreendida pela notícia. Show de bola, hein?”.[15][16]

    O filme tomou de liberdades ficcionais em relação aos fatos narrados por Raquel Pacheco em O Doce Veneno do Escorpião, Baldini conta que a própria Raquel, ao ver um dos primeiros "cortes" (montagens) do filme, achou tudo "muito real e verdadeiro, mesmo as coisas não tendo acontecido exatamente daquela forma".[10] "Cerca de 60% é ficção", disse Baldini.[17] O filme não é exatamente a cópia fiel da biografia O Doce Veneno do Escorpião. No filme, por exemplo, Raquel tem um irmão responsável pela maioria dos conflitos de família, quando na vida real, filha adotiva de um casa de classe média, ela tem duas irmãs de criação. "Todo filme que adapta uma obra vai ter a visão do diretor, que potencializa alguns fatos e escolhe o olhar para a história. Nunca quisemos fazer uma biografia. É um filme de ficção baseado em uma história real", justifica Baldini.[18][19] Raquel concedia entrevistas quinzenais para Baldini nas quais contou detalhes de sua vida de garota de programa de luxo. Os encontros são filmados e era possível que, além de dar subsídios para o roteiro do filme, o material seja utilizado posteriormente para um documentário sobre ela, "Ele quer saber todos os detalhes, como era a minha reação perante os clientes, história da minha infância, como foi o dia em que eu fugi da minha casa", contou Raquel.[12] Pacheco também se encontrou em 2006 com Karim Aïnouz e Antonia Pellegrino, que estiveram em seu apartamento, em São Paulo. Essas conversas irão se somar aos relatos da ex-garota de programa no seu livro O Doce Veneno do Escorpião.[12]

    Elenco[editar | editar código-fonte]

    A produtora de cinema TV Zero começou, em outubro de 2007, em São Paulo, a fazer testes para montar o elenco do filme.[2] Os testes devem terminar em dezembro. A intenção era selecionar atores para os 35 personagens previstos.[2] O longa-metragem de Marcus Baldini estava previsto para ser rodado em 2008.[2] Os testes aconteceram em um estúdio de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. A primeira etapa era livre; as atrizes poderiam improvisar. Em fila diante da porta do estúdio, aguardavam a vez de entrar, entregavam sua ficha ao responsável pelo processo de seleção de elenco do filme, Rodrigo Pitta, e se posicionavam diante da câmera. As mais notáveis já testadas foram Paula Picarelli e Natallia Rodrigues.[20][21][22] Karen Junqueira, a primeira escalada para o papel de Bruna, anunciou em comunicado que não participaria mais do longa, porque "não poderia cumprir um roteiro de filmagens com dedicação única e integral, de acordo com as exigências do filme".[23][24] Deborah Secco assinou contrato para o papel em 19 de agosto de 2009.[24] Bruna Surfistinha diz que chorou ao saber que seria interpretada por Deborah Secco, “Fui pega de surpresa com a notícia de que a Deborah Secco me interpretará! Fiquei tão feliz que não conseguia me conter, parecia uma doida, não sabia se chorava (de emoção) ou se dava risada. Acompanho a Deborah desde Confissões de Adolescente”.[25] Para se preparar para o papel, Secco contou com a ajuda do preparador de atores Sérgio Penna (Carandiru e Bicho de Sete Cabeças), a atriz foi à antiga Cracolândia, nas imediações da estação da Luz, no centro de São Paulo, para conversar com algumas jovens usuárias de drogas que também se prostituem. "Me chocou aquele olhar perdido, meio sem vida delas", relata Deborah. "A prostituta de rua leva uma vida muito arriscada. Sempre pergunto: qual homem toparia entrar num carro com dois ou três desconhecidos para uma orgia sabe-se lá onde?".[10] Um das garotas, que a reconheceu de seus trabalhos em telenovelas da Rede Globo, levou-a para conhecer o quarto esquálido e mal-cheiroso onde fazia os programas.[10][26]

    Filmagens[editar | editar código-fonte]

    A casa noturna Love Story foi um dos cenários do filme.[5][27][28] A casa noturna ficou fechada para as filmagens que começaram às 18h de 11 de outubro de 2009. Na cena gravada, Bruna levava as amigas (interpretadas por Fabíola Nascimento, Guta Ruiz e Cris Lago) para conhecerem a famosa boate. Deborah fez um laboratório de dois meses com as outras atrizes em casas como o Love Story para entrar no clima da personagem. Ela chegou até a ir vestida de prostituta em um dia de funcionamento normal da casa, como parte do laboratório. De acordo com o proprietário da casa, Savio Burigo, foi a primeira vez em 18 anos que a Love Story aceitou ser cenário de um filme. Foram 30 dias de negociações. Várias frequentadoras da casa participaram como figurantes.[29][30][31]

    Trilha sonora[editar | editar código-fonte]

    A banda de rock alternativo Radiohead pediu para assistir em Londres a uma cópia do filme, pedido atendido pelo diretor Marcus Baldini, que levou para Londres uma cópia do seu trabalho, com legendas em inglês.[32] Só assim a banda autorizou a gravadora EMI a incluir a canção "Fake Plastic Trees" na trilha sonora do filme. Em seu blog pessoal, Bruna Surfistinha aproveitou para agradecer à banda Radiohead por ter autorizado o uso da música, "Quando esta música do Radiohead começou a tocar em uma cena do filme, me arrepiei. Mais do que gostar dela, há um significado marcante para mim, pois marcou uma passagem em minha vida. Meses após este fato, passou na tv uma campanha muito boa sobre Síndrome de Down e com esta música. Quem não se emocina com o menino Carlinhos?", escreveu. "Talvez eu nunca tenha chance de agradecer pessoalmente à banda Radiohead por ter autorizado usar uma música deles no filme. Isto me parece ser algo muito distante. Também sei que dificilmente lerão este post. De qualquer maneira, registro aqui o meu agradecimento".[33][34]

    A trilha agrega desde "Time of the Season", do The Zombies, MC Robinho da Prata, que canta o funk "Copo de Vinho", produzido por DJ Marlboro. A banda Ritmo Quente, aparece com o hit "Te Quero Tanto". A coletânea tem outras novidades. Uma delas é a inédita "Sunshine Girl", parceria entre a cantora Céu e os produtores Rica e Gui Amabis.[35][36][37] O vídeo promocional vinha com o single “Alala”, da banda Cansei de Ser Sexy.[38]

    Lançamento[editar | editar código-fonte]

    A data de lançamento estava prevista inicialmente para 16 de julho de 2010.[3] O trailer final do filme foi divulgado em 29 de outubro de 2010 pela distribuidora Imagem Filmes e por Deborah Secco em seu Twitter.[39][40] A pré-estreia aconteceu em 22 de fevereiro de 2011 no shopping Iguatemi.[41] Horas antes da pré-estreia do filme que conta sua história, Raquel Pacheco, escreveu em seu Twitter: "Pela primeira vez na vida, vou engolir o orgulho e chorar na frente de outras pessoas. Mas, né? Já engoli coisas piores. rs".[41][42] O filme foi lançado em 25 de fevereiro de 2011.[38][43][44] Para evitar a pirataria do filme, os produtores do filme enviaram cópias com nomes falsos para mais de 300 salas de cinema onde ele será exibido.[41] A versão pirata do filme que circula na internet e nos camelôs, traz cenas diferentes das exibidas no filme oficial. A maioria delas mostra a fase adolescente da personagem. Imagem Filmes declarou que a cópia é um "rascunho sem sentido" do longa.[45] Cópias piratas do filme foram encontrados também na China.[46]

    A revista Hollywood Reporter anunciou o filme, cujo título foi traduzido em inglês para Bruna Surfergirl.[47]

    O filme foi lançado na Coreia do Sul em 29 de março de 2013, onde será exibido em 12 salas de cinema. O programa Cinema do Brasil, apoiado pela Ancine, está lançando o filme no exterior. Além dos festivais de cinema em Cuba e Estados Unidos, o filme também foi exibido nas salas de cinema do Japão e da antiga Iugoslávia.[48]

    Também golpistas cibernéticos criaram emails com aplicativos maliciosos prometendo cenas mais eróticas e inéditas do filme. Ao baixar os arquivos, são instalados na máquina o que os especialistas chamam de phishing scam sem o conhecimento e consentimento do usuário. Um dos objetivos desse tipo de vírus de computador é o roubo de dados bancários e informações de cartões de crédito, além de encaminhar o email infectado para toda a sua lista de contatos.[49]

    Bilheteria[editar | editar código-fonte]

    No primeiro final de semana 400 412 pessoas assistiram ao filme nos cinemas em 342 salas e arrecadou R$4,2 milhões. Com esses números, Bruna Surfistinha fica atrás apenas do filme de animação Enrolados, da Disney. A adaptação cinematográfica da história da Rapunzel registrou bilheteria de R$7,6 milhões em sua estreia, com público mais de 632 mil pessoas.[50][51] A partir da segunda semana o número de ingressos vendidos, de Bruna Surfistinha declinou. Na segunda semana atingiu um milhão de espectadores.[52] Em cartaz há quatro semanas, longa foi visto por dois milhões de espectadores e acumulou bilheteria de R$18 milhões.[53] A bilheteria foi finalizada com um público de 2 010 648 espectadores após cinco semanas em cartaz.[54]

    Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

    Sequência[editar | editar código-fonte]

    Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, contou que planeja uma sequência do filme, narrando a vida depois de largar a prostituição. “Quero que saia o quanto antes para calar bocas. Não vamos contar com a Ancine. Mas vai ser questão de honra”, afirmou em entrevista à coluna de Mônica Bergamo do jornal Folha de S.Paulo.[61]

    Ver também[editar | editar código-fonte]

    Referências

    Ligações externas[editar | editar código-fonte]

    Yazı kaynağı : pt.wikipedia.org

    AllMovie

    Bruna Surfistinha (Marcus Baldini, 2011) - RUA - Revista Universitária do Audiovisual

    Alvaro André Zeini Cruz*

    “Bruna Surfistinha” e “Falsa Loura”: Cinderelas do Brasil

    Em “Falsa Loura”, Carlos Reichenbach conta a história de Silmara, operária da periferia paulistana, cuja alta autoestima é uma qualidade aparente. Interpretada por Rosanne Mulholland, ela é uma das poucas figuras femininas hipnóticas do cinema nacional recente: esbanja sensualidade, simpatia e certa esperteza suburbana, enquanto guarda em segredo a ingenuidade de quem espera encontrar seu príncipe encantado, algo que jamais se concretiza. Isso porque Reichenbach subverte o conto de fadas: em seu âmago, Silmara está certa de que é Cinderela; o filme, no entanto, se constrói para comprovar a vocação da moça para gata borralheira. É, justamente, o oposto do que se vê em “Bruna Surfistinha”.

    Raquel Pacheco (ou Bruna) e Silmara, no entanto, começam em pontos equivalentes – a primeira é filha adotiva de um casal de classe média-alta; a outra, uma moradora da periferia, mas ambas vêm de um ambiente que, de alguma forma, lhes foi/é hostil. Os sentimentos turbulentos em torno da figura paterna – o pai de Bruna é de uma indiferença inexplicável; o de Silmara um ex-incendiário alcoólatra – também tornam-se um ponto de convergência entre elas. Por fim, ambas conhecem o poder de sedução que têm para com os homens, embora o usem de formas distintas, e por isso, as trajetórias até aqui semelhantes, passam aqui a se distinguir.

    Pois Silmara esconde a mais arquetípica mocinha em busca do verdadeiro amor: o príncipe encantado que em “Falsa Loura” traduz-se no vocalista da banda ou no galã de televisão. Bruna não acredita em príncipes, ela inclusive afirma isso a certa altura. Talvez porque a projeção que mais se aproxime dessa ideia de figura salvadora, esteja no pai, líder de um núcleo familiar que a acolheu de maneira física e material, mas não emocional (exceção da mãe). De qualquer forma, o filme lança isso tudo de forma bastante superficial, embora bem amarrada pelo roteiro. Adentramos um cotidiano familiar perceptivelmente incômodo, mas cujas razões somos incapazes de compreender (embora a voz over tente a todo custo explicar).

    Do apartamento de classe média pouco acolhedor, vamos ao prostíbulo no coração da cidade – da qual pouco se vê. É o momento tônico de “Bruna Surfistinha”, pois pela primeira vez há a retratação de um cotidiano mais frouxo, natural, ainda que habitado por estereótipos (Drica Moraes faz o possível e impossível para humanizar a cafetina clichê, e o resultado acaba por ser positivo). Há um mínimo de inter-relação entre as personagens e os problemas por elas enfrentados, além de certa espacialização das internas, o que nos leva a alguma mise èn scène além dos quadros fechados, que voltam com força lá pelo desfecho do segundo ato, quando a “recuperação” da personagem enche de pudor o sexo/corpo, limitando Bruna à relação com o blog/computador. Tem-se aí uma questão problemática: num filme que trata do corpo como uma potencial ferramenta para o dinheiro/sucesso, é o rosto que ganha destaque, numa encenação típica do cinema da Globo Filmes (que têm raiz, caule, folhas e frutos calcados na teledramaturgia). O corpo têm alguma importância no início, algo que se estende até o momento do prostíbulo, para logo depois perder espaço em definitivo, com um estrangulamento da mise èn scène na redenção da personagem. Os closes aliados a uma voz over, que já não faz cerimônia na hora de colocar as asserções que bem entender em primeira pessoa, são responsáveis pela moralização de uma personagem que era muito mais complexa ao afirmar que só deixaria a prostituição quando não a desejassem mais. Quando o vício se torna uma força motriz, a personagem se planifica e, de certa forma, Bruna Surfistinha se sacrifica em prol de Raquel Pacheco, pois estamos próximos do desfecho.

    Essa fixação que o filme nutre pela própria protagonista torna-se estimulante a princípio, mas limitadora em vários sentidos. O temor por um não restabelecimento de Bruna perante o público faz com que o sexo, e consequentemente tópicos como sexualidade e sensualidade, sejam tratados com excessiva precaução, numa trama em que deveriam estar intrínsecos à personagem, ao protagonismo. O sexo, no entanto, chega a ser desimportante a ponto de elaborar-se em sumários narrativos. Assim, pode-se dizer que Surfistinha personifica, mas também sufoca, seu tema e universo, algo que se reflete de forma visível na encenação e na devoção que o filme tem para protegê-la, não contra um universo diegético, mas contra nós, espectadores.

    Esse “bom-mocismo”, no entanto, por mais inibidor que seja, é ao menos mais honesto do que a característica que atinge parte da produção nacional dos últimos anos (“Linha de Passe”, “As Melhores Coisas do Mundo”), e que o crítico Luiz Carlos Oliveira Jr. descreveu como “publicidade bem intencionada” e “concha segura do olhar”. Há aqui um posicionamento muito claro que estabelece vínculos com a personagem e consequentemente com o mundo que ela habita, mas sobretudo, há uma “falta de covardia” (dizer coragem seria exagero) na tomada dessa postura que pode ser quadrada, mas ao menos não é omissa, e isso já é um pequeno passo.

    Entre as atuações, é preciso destacar o trabalho de Débora Secco, que de certa forma tonifica a sensualidade de Bruna Surfistinha – através de um imaginário ligado à própria figura da atriz e suas personagens anteriores – bem como confere certa fragilidade à moça (a postura acuada na cena em que ela vai à casa do colega mal intencionado); e Cássio Gabus Mendes, que como um cliente apaixonado, consegue estabelecer a tridimensionalidade do personagem através de um jogo de motivações ambíguas, que se desdobram da ternura quase pueril até o desejo sexual impulsivo e incontrolável, numa única cena.

    Vale pensar, por fim, em várias das externas de Bruna pela cidade: o quadro fechadíssimo no rosto, as luzes quase sempre em desfoque ao fundo. Sínteses daquilo que se vê no filme: uma personagem capaz de atrair para si todos os olhares, permitindo que muito pouco, além dela própria, seja observado. Pois atrás da face próxima à câmera, um mundo veloz, com pouca profundidade, e que cujas imagens são difíceis de discernir – algo que pode ser sintomático à trajetória de sucesso e fracasso de Raquel Pacheco e seu blog, muito típica ao nosso tempo, aliás – se faz presente, impedindo o filme de avançar ao afetar cada microestrutura da narrativa, que parece se deslumbrar com Bruna a ponto apenas de protegê-la e emoldurá-la. Em “Falsa Loura”, o mundo dá rasteiras recorrentes em Silmara, a moça que pensa ser “princesa”, levando-a sempre de volta à estaca zero. Reichenbach pega a estrutura de uma história conhecida e a põe às avessas. Em “Bruna Surfistinha”, a personagem-título adentra na realidade da prostituição consciente de que não existem contos de fadas, mas o filme insiste em continuar a sê-lo. A “princesa” aqui busca o mundo-cão como um fim, mas o filme o assimila como um meio, como simples caminho das pedras que guia à mudança necessária, cuja ausência é inconcebível, já que tudo se encadeia para isso. Diferente de Silmara, personagem que provocava, mas também se deixava influenciar por um todo, Surfistinha têm um filme aos seus pés, pronto para resgatá-la do papel de gata borralheira e alçá-la ao posto de Cinderela.

    * Alvaro André Zeini Cruz é graduando em Cinema pela Faculdade de Artes do Paraná (FAP)

    Yazı kaynağı : www.rua.ufscar.br

    Bruna Surfistinha (2011) | MUBI

    Bruna Surfistinha (2011) | MUBI

    ‎Confessions of a Brazilian Call Girl (2011) directed by Marcus Baldini • Reviews, film + cast • Letterboxd

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    Ali : bilmiyorum, keşke arkadaşlar yorumlarda yanıt versinler.

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